O Gustavão recebeu, nesta manhã, adultos, crianças, jovens e senhores numa bela celebração da cultura e da ciência. No palco, abrindo a cerimônia, estavam as senhoras e senhores que compõem o Coral da Terceira Idade de Seropédica, sob a regência do professor João Marcelo Correa. Eles emocionaram a plateia, repleta de crianças e jovens das escolas de ensino fundamental e médio que visitam a UFRRJ durante essa semana, no Circuito Escolar da II Semana Rural.
Conduzindo a mesa de abertura, o reitor Roberto Rodrigues sentou-se ao lado do vice-reitor Cesar Da Ros e do deputado federal Marcelo Queiroz. Também compunham a mesa a vice-prefeita de Seropédica Vandrea Furquim, a pró-reitora adjunta Edileuza Dias e o coordenador da Semana Rural, professor Nivaldo de Faria.
“O trauma da pandemia nos levou a um momento de reclusão muito grande, e quando retornamos ao convívio social, precisávamos – e precisamos ainda – nos firmar psicologicamente e socialmente dentro da nossa sociedade. Quando lá atrás, há cerca de 2 anos, sentei com algumas pessoas e depois com o professor Nivaldo e professora Edileuza, pensamos na Semana Rural. E já pensávamos em tê-la como algo que pudesse se tornar uma tradição para nossa Universidade. E estamos agora no segundo ano da Semana Rural. Não foi por acaso nem por passe de mágica. É importante que se diga isso. Dentro do setor público, paciência, perseverança e manter-se acreditando é fundamental para que as coisas aconteçam. E a Semana Rural é justamente o resultado dessas etapas. Dizer que vai resolver problema de uma universidade pública, de uma instituição pública, num passe de mágica, isso não existe”, ressaltou o reitor Roberto Rodrigues em sua fala de abertura.
Convidado pelo reitor a compor a mesa de abertura, o deputado federal Marcelo Queiroz ressaltou a honra de estar presente num evento do porte da Semana Rural. “Hoje a visita tem um motivo especial, eu fui eleito representante da causa dos animais e qualquer deputado que tenha essa causa não pode estar desvinculado da principal universidade do país nesta área, que á universidade Rural”, concluiu. Em seguida, a vice-prefeita de Seropédica elogiou o trabalho e o comprometimento de todos os envolvidos na Semana Rural.
O coordenador Nivaldo agradeceu a todos os envolvidos com o evento. “Um agradecimento especial ao reitor Roberto, que concebeu a ideia da Semana Rural e nos confiou a sua organização e nos forneceu suporte irrestrito para a organização do evento”, destacou Nivaldo. “Por último gostaria de agradecer e parabenizar a adesão maciça da comunidade acadêmica à Semana Rural. Mesmo com a greve dos servidores, foram cadastradas cerca de 200 ações de extensão envolvendo milhares de servidores e discentes de todas as áreas do conhecimento, de todos os câmpus e Institutos da Universidade. A nossa Universidade é centenária e já foram realizados grandes eventos de extensão ao longo de sua história. Temos mais de 110 anos. Aqui mesmo na entrada deste auditório existe uma placa de 1957 homenageando os organizadores da 10ª Semana do Fazendeiro. A Semana Rural, no entanto, é algo novo e revigorado. Temos uma tradição agrária, mas nosso presente é multidisciplinar e multicampi. Isso nos fortalece e nos permite oferecer à sociedade um evento de extensão completo, abrangendo todas as áreas do conhecimento. Eu acredito na força dessa ideia e acredito que a Universidade saberá, coletivamente, lapidar essa ideia e construir ano a ano uma Semana Rural à altura de nossa Universidade”, concluiu Nivaldo.
“Somos uma Universidade na Baixada, da Baixada e para a Baixada – esse é o nosso objetivo: é chegar até às pessoas e que as pessoas também cheguem até nós. E é isso o que acontece durante esses eventos. Estamos encantados, maravilhados”, ressaltou em sua fala a pró-reitora adjunta de Extensão, professora Edileuza Dias.
“A extensão deu um salto muito grande à época da pandemia. E foi se fortalecendo, a partir de uma percepção nossa da gestão da Universidade de que a extensão era um braço muito importante que precisava ser fortalecido. E nessa gestão nós tivemos a oportunidade de consolidar a curricularização da extensão. E o resultado está aí hoje, com o cadastramento de mais de 200 ações, certamente produto direto desse processo. Acreditamos que esse é o futuro que a Universidade precisa consolidar. A defesa do caráter público de nossa universidade não será feita pela nossa comunidade apenas, ela tem que ser feita pela sociedade, e a sociedade só vai reconhecer a importância da Universidade quando ela estiver inserida dentro da comunidade”, acrescentou o vice-reitor Cesar Da Ros.
“Essa é a característica do nosso trabalho: sair de uma pandemia, de uma universidade e de uma sociedade isolada para uma universidade que hoje fala ao seu entorno, discute com seu entorno e propõe políticas públicas, e traz o seu entorno para dentro da Universidade”, concluiu o reitor, convidando a todos os presentes a visitarem a exposição de orquídeas e bromélias no hall do P1, que segue até 6 de junho (quinta-feira).
Texto e fotos: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ.