Em evento na manhã desta segunda-feira (17/10), no Auditório Gustavo Dutra (Gustavão), câmpus Seropédica, a Administração Central da UFRRJ recebeu os calouros para uma Aula Magna de abertura de semestre e início oficial da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2022. Estiveram presentes à mesa de apresentação o reitor Roberto de Souza Rodrigues, a pró-reitora de Graduação Nidia Majerowicz, o pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis Jonas Alves, a pró-reitora de Extensão Rosa Maria Mendes e a pró-reitora adjunta de Extensão Edileuza Queiroz.
Em sua fala de abertura, o reitor contextualizou a situação das universidades e reforçou a importância do ensino público, gratuito e de qualidade promovido por essas instituições. Além disso, relembrou o histórico da UFRRJ, cuja origem remonta a cursos de Agrárias. A atuação da Universidade Rural se expandiu para outras áreas do conhecimento, mas não só isso mudou. Segundo o reitor, o perfil dos alunos da Universidade também mudou. “Somos uma comunidade cada vez mais diversa e inclusiva, e estamos cada vez mais na família e na vida de trabalhadoras e trabalhadores deste país. Aproveitem esta oportunidade de estarem numa universidade pública, gratuita e de qualidade. Aproveitem a instituição que é científica, que cria, que inova, que é extensionista. Uma universidade que dialoga com o seu entorno e inicia seu período letivo junto com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Temos aqui uma atividade que contribuiu, contribui e continuará contribuindo, mesmo com os ataques sofridos ao longo dos últimos anos. Mesmo com o obscurantismo de parte da sociedade frente à ciência. Nós resistimos e vamos continuar resistindo”, declarou o reitor.
Já a professora Nidia Majerowicz reforçou as boas-vindas aos ingressantes de 2022.2 e explicou: “A universidade é um local de produção de conhecimento em todos os níveis. Arte, cultura, ciência e tecnologia. Noventa por cento da pesquisa científica, tecnológica, cultural e artística do país ocorrem nas instituições públicas de conhecimento, e é neste local que estamos. Fazemos ensino, pesquisa e extensão. Formamos pessoas capacitadas para a sociedade, e por isso abrimos horizontes de oportunidades para esses egressos e suas famílias”. Em seguida, a pró-reitora perguntou à plateia quem ali era o primeiro da família a entrar numa universidade pública. “São muitos que levantaram a mão e isso faz toda a diferença. Essa oportunidade abre a cabeça das pessoas, traz um mundo de conhecimentos e uma liderança de vocês perante a juventude e suas famílias”, complementou.
A docente e pró-reitora de Extensão Rosa Maria Mendes ressaltou a importância de ver o auditório cheio depois do período de pandemia. “Eu vejo um momento histórico porque, neste tempo que a gente vem passando, de tanta agressão à universidade pública, vocês conseguirem estar aqui conosco para juntos construirmos um Brasil melhor, com mais amor e educação, é muito importante. A todo momento querem tirar nossa verba, por que será? Por que será que as pessoas não querem que a educação chegue a todos? Somos uma universidade inclusiva e estamos fazendo um papel de grande importância para nosso país”, ressaltou a pró-reitora.
O pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis Jonas Alves reforçou a fala de defesa da universidade pública. “A Proaes trabalha diretamente com vocês, estudantes, especialmente com os alunos e alunas em situação de vulnerabilidade social, porque não adianta somente a universidade dar acesso aos alunos. Isso a gente tem conseguido paulatinamente, mas é necessário e importante também garantir a permanência. E isso a gente tem feito a duras penas porque as verbas têm sido cada vez mais diminuídas. E sentimos isso, sobretudo na assistência estudantil, justamente para impedir que alunos e alunas permaneçam e concluam sua universidade. A universidade é para todas as pessoas. Ela é inclusiva. Eu também fui a primeira pessoa da minha família a entrar em uma universidade e hoje estou aqui. Eu queria que vocês entendessem que é possível, com muita luta e muita garra. Nada nos é dado, tudo o que nós conseguimos é conquistado na luta. E o que a gente conquistou não é para sempre, temos que ficar lutando sempre”, explicou Jonas.
Por fim, a pró-reitora adjunta Edileuza Queiroz, que também faz parte da comissão organizadora da SNCT 2022, que se inicia nesta segunda e segue com programação até o final da semana, chamou a atenção para a união da comunidade universitária em torno do evento. “Quero agradecer pelo trabalho que já foi feito até aqui. Agradecer à comissão organizadora da SNCT 2022, aos voluntários que estão aqui hoje e em outros câmpus, à equipe técnica que fez de tudo para que isso pudesse acontecer. Todo trabalho é feito ao longo de meses para a gente chegar no dia de hoje e apresentar para a sociedade o que nós estamos desenvolvendo aqui e o que vamos desenvolver ainda mais”, concluiu Edileuza.
Na porta do Auditório Gustavão, dando as boas-vindas aos visitantes, podiam-se ouvir sons de violinos, onde jovens tocavam sob a batuta de um maestro. “Esse grupo faz parte de um projeto de extensão que temos que se chama ‘Orquestra na Comunidade’. São alunos em estado de vulnerabilidade econômica que recebem uma bolsa da Universidade para estudar música. Trata-se de um projeto dedicado, realmente, a inserir a comunidade na Universidade”, explicou Josane Maria Rezende Saggin, chefe do Departamento de Relações Comunitárias e Interinstitucional.
A palestrante da Aula Magna Lorelai Brilhante Kury (Fiocruz/RJ) falou sobre a “História das Ciências no Brasil: um balanço inspirado pelo Bicentenário da Independência” e foi transmitida ao vivo para o público em geral e para os câmpus da Rural em Três Rios e Nova Iguaçu. Para quem não conseguiu acompanhar ao vivo, é possível ter acesso à gravação no canal da Proext no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=pvXRfGdU9qs
Confira a programação completa da SNCT 2022 nos três câmpus da UFRRJ em https://snct.im.ufrrj.br/