A Pró-Reitoria de Extensão (Proext), através da Escola Popular de Artes, torna pública a abertura das inscrições para as oficinas presenciais de 2024.1, que acontecem em Nova Iguaçu. O projeto oferece uma grade variada – Literatura e carnaval no romance “Um defeito de cor”; Poesia Viva: Da Teoria à Prática Criativa; Pintura e Expressão; HQ NA BXD; Teoria Musical e Prática de Violão; Ritmo e Poesia; Pintura com Pigmentos Naturais; Tearte – oficina de teatro; Sonorização e Discotecagem; Oficina de Fotografia; Costura e Upcycling; Oficina de Horta: Agrofloresta e Horticultura; e Produção de Beats.
Com turmas sujeitas à lotação, todas as oficinas oferecem certificado de participação e as inscrições podem ser feitas de 11 a 19 de abril e as aulas começam a partir do dia 24 do mesmo mês. Para conferir a grade completa, clique aqui.
Em fevereiro, a EPA recebeu os ingressantes do Instituto Multidisciplinar (IM/UFRRJ), com muita música, poesia, teatro e artes visuais. O evento foi feito na Semana de Integração 2024.1 e contou com a presença da pró-reitora de Extensão, Rosa Maria Mendes, e do coordenador da EPA, o professor Bruno Borja. “Fizemos exposições das produções do período passado com os responsáveis pelas oficinas. Além disso, tivemos também performances ao vivo das oficinas de violão, poesia, teatro, sonorização e discotecagem, que é uma oficina de DJs”, descreveu Borja.
Estudante de Geografia, Marcus Vinícius Campos é oficineiro de Sonorização e Discotecagem desde o início de 2023 e contou que a Escola sempre busca incorporar quem participou das oficinas em eventos como esse. Três de seus antigos alunos tiveram a chance de realizar seu primeiro DJ set na Mostra. “Essas oportunidades podem se converter em material para portfólio e alavancar a carreira dessa galera […] Nossa oficina tem possibilitado que os ex-alunos trabalhem com Discotecagem – na semana passada, quatro foram convidados para discotecar na festa de uma das atléticas da Universidade. Isso é fruto das Mostras Culturais que a EPA constrói”, comentou. “A Mostra é o momento que o aluno e ex-aluno tem de expor, participar e colocar seu trabalho na pista e, assim, possivelmente começar sua carreira no meio artístico”.
“Eventos assim destacam que no IM tem uma Escola Popular de Artes oferecendo oficinas gratuitas e de qualidade. Para além de trabalhar com o conceito e a ideia de arte, a EPA trabalha com a questão da economia criativa”, disse Marcus Vinícius.
Chefe do Departamento de Arte e Cultura (DAC/Proext), Camila Eller descreveu os tradicionais encontros organizados pela EPA como um fechamento dos ciclos anteriores de oficinas e espaço de troca entre oficineiros/as e estudantes que estão ingressando na Universidade, professores, técnico-administrativos e pessoas que circulam pelo campus. “Esse momento acaba sendo muito esperado também pelos responsáveis das aulas inaugurais. O projeto é sempre convidado, tem essa expectativa de que a Escola vá preparar alguma atividade especial”, comentou.
Camilla destacou a importância de ter um projeto institucional como a Escola Popular de Artes em Nova Iguaçu. Ela explicou, por exemplo, que o projeto também foi um dos agentes de movimentação para que houvesse uma programação noturna dentro do campus no último ano. “Quando o estudante entra na faculdade, muitas vezes a realidade dele muda. É uma rotina mais puxada e, em projetos vinculados ao DAC, a gente vê que o aluno pode encontrar um respiro e motivação para estar dentro do campus universitário”.
Quem também reforçou essa ideia foi a produtora da EPA, Liz Córdova. “Para contribuir com o desenvolvimento de artistas da região e pensar a fruição em artes, é fundamental uma Escola como essa, que propõe oficinas gratuitas para pessoas a partir de 16 anos de todo o território do estado, mas principalmente da Baixada Fluminense”, comenta.
O território é composto por artistas de diversas linguagens e, segundo Liz, isso reflete no corpo de oficineiros (as) diversificado da Escola. “Temos, por exemplo, uma oficina que começa com costura criativa e desenvolve um núcleo de artistas que vão vender suas peças posteriormente. A partir das nossas oficinas, elas se reúnem e pensam estratégias de comercialização desses produtos desenvolvidos nas oficinas em brechós, feiras e na própria Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (Fenig), que tem registro de artesãos da cidade”.
Texto: Lidiane Nóbrega – bolsista de Jornalismo da Proext/UFRRJ.
Fotos: Divulgação/EPA.
Edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ.