Pertencente ao município de Mangaratiba, na Costa Verde, e administrada pelas Forças Armadas, a Ilha de Marambaia é uma localidade com acesso difícil e restrito. No Quilombo da Ilha da Marambaia residem, atualmente, estudantes de vários cursos da UFRRJ. Na reunião, foi firmado um convênio entre o gabinete do deputado e a comunidade quilombola para fornecimento de transporte terrestre para os estudantes da Rural moradores da Comunidade de Remanescentes de Quilombolas da Ilha da Marambaia, ligando o porto do CADIM-Marinha do Brasil, em Itacuruçá, local onde atracam as embarcações oriundas da ilha, ao câmpus de Seropédica da UFRRJ.
A conquista é fruto de um diálogo iniciado em novembro, e o fornecimento do transporte direto terá início no primeiro semestre de 2024. Inicialmente, o deslocamento será realizado por meio de uma van, que atenderá 15 alunos da Instituição. O transporte terá horário de saída às segundas-feiras, às 8 h, partindo do Cais de Itacuruçá sentido UFRRJ e retorno às sextas-feiras, saindo da UFRRJ (do Pórtico, parando no ponto do ICHS), às 14h, em direção ao Cais de Itacuruça.
“É um momento histórico para o coletivo e para a comunidade e estamos felizes por mais esta conquista, tendo a consciência de que a luta continua para futuras realizações e projetos”, disse Rômulo Alves, quilombola da Ilha, aluno da UFRRJ e vice-presidente do Coletivo.
O debate sobre mobilidade para a UFRRJ vem ganhando força em ações de toda a comunidade acadêmica, diminuindo o histórico problema de acesso da câmpus-sede da Universidade. Estavam presentes na reunião: os alunos da LEC e quilombolas Rômulo Alves, Maria Júlia, Vitória Alves e Cleyson Saturnino; as pesquisadoras convidadas pela comunidade Norma Maciel (PPGCAF/IF) e Fabiana Helena (PPGCS/ICHS); os moradores do Quilombo Sonia Maria, Vânia Guerra, Divino Machado e Paulo Fernandes; o deputado Luiz Claudio, o assessor Walkyr do Nascimento e os responsáveis pela comunicação Heider Rangel de Araújo e Simone Barroso de Souza.