Na última quarta-feira (28/5), aconteceu a 424ª Reunião Ordinária do Conselho Universitário (Consu) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) que discutiu questões relevantes para o câmpus Seropédica e aprovou uma proposta para a criação de novos projetos de ocupação de áreas da Instituição.
“O que testemunhamos hoje é um passo histórico e muito significativo para nossa Universidade. O Conselho Universitário aprovou uma estratégia institucional cuidadosa e responsável para valorizar nosso patrimônio territorial, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento regional sustentável e, ao mesmo tempo, reforçar nossa missão em ensino, pesquisa e extensão”, afirmou o docente Marlucio Barbosa, pró-reitor adjunto de Planejamento, Avaliação e Desenvolvimento Institucional, que explicou os detalhes do projeto de ocupação diante dos conselheiros.
Para Barbosa, esse avanço inicial abre espaço para um diálogo permanente e construtivo com a comunidade acadêmica, a sociedade e potenciais parceiros. “Juntos, poderemos construir um futuro com mais oportunidades para nossos estudantes, técnicos, docentes e para toda a comunidade da Baixada Fluminense. Essa aprovação marca o início de uma caminhada de colaboração e de muitas novas decisões, sempre buscando o bem comum”, concluiu.
Everaldo Zonta, professor do Instituto de Agronomia (IA/UFRRJ), detalha que a apresentação do pró-reitor Marlucio Barbosa teve como base o processo nº 23083.073378/2022-79 e abordou três pontos principais relacionados ao uso das terras do câmpus Seropédica:
(1) Área de Preservação Permanente (APP) e de Reserva Legal;
(2) Área reservada para valorização fundiária – projeto de valorização das terras, que inclui uma unidade fotovoltaica e uma área para estudo de empreendimentos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
(3) Parque Ecotecnológico da UFRRJ, com expansão futura.
“Na reunião, discutimos o processo em questão com vistas a definir se poderíamos melhor aproveitar essas terras e, também, consolidar os projetos já em andamento”, explicou Zonta. O docente integra o grupo que elaborou o estudo técnico sobre os usos da terra do câmpus Seropédica, ao lado de professores das áreas de Agrárias, do diretor do Instituto de Tecnologia (IT) e de gestores das áreas de Produção Animal e Vegetal, além do professor João Gonçalves Bahia. “O projeto fortalece as ações de ensino, pesquisa e extensão e também poderá viabilizar uma maior arrecadação de recursos financeiros para a Universidade”, afirmou.
De modo geral, a ideia é ocupar os espaços que vão além da área central do câmpus Seropédica com projetos que beneficiarão a UFRRJ e a comunidade seropedicense como um todo. “Penso que é um caminho para protegermos o território da nossa Universidade”, declarou o professor Daniel Ribeiro, representante da categoria docente junto ao Consu. Já Pedro Paulo Silva, diretor do IT, também integrante do Conselho, compartilhou que esse é um desejo antigo: “A Universidade tem que fazer parcerias com o setor público e o privado. E isso para que ela tenha bons laboratórios, material e equipamentos de primeiro mundo para poder ensinar com melhor qualidade”.
Os projetos de ocupação das áreas da UFRRJ ainda não foram definidos. No entanto, o sinal verde do Consu abre caminho para estudos e sondagens de possíveis parcerias.
Em pauta na reunião, além da análise quanto ao uso das terras da UFRRJ, constavam também a homologação do ato ad referendum que cedeu um imóvel Próprio Nacional Residencial (PNR) para o grupo de pesquisa Centro de Estudos da Economia do Mar (Ceemar), a aprovação da cessão de outro PNR para ser utilizado pela Coordenação de Desenvolvimento de Pessoas (Codep) e a apresentação do relatório de acompanhamento das mudanças climáticas.
Texto e fotos: Ruan Fernandes, bolsista de Jornalismo, sob supervisão da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ).