Na semana que antecede a comemoração do Dia das Mães, a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) lança nas redes sociais o projeto Cientistas Mães. A iniciativa busca trazer visibilidade para a trajetória de mães que são referência nas suas áreas de pesquisa.
Nesta primeira edição, apresentaremos as oito docentes que tiveram seus projetos de pesquisa contemplados pelo edital de apoio às cientistas mães da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), em parceria com o Instituto Serrapilheira e o Movimento Parent in Science: Anelise Nascimento, Érika Pinheiro, Isabela Fogaça, Juliana Paes, Mani Tebet, Miliane Moreira, Roberta Mendonça e Thaís Azevedo.
Iniciativas como essa reforçam a importância da contribuição das pesquisadoras mães para os avanços científicos em nosso estado e têm sido fundamentais para promover discussões acerca da temática.
“Conforme dados levantados pelo Parent in Science, cientistas mães são mais impactadas pela chegada dos filhos do que cientistas pais. Este impacto foi ampliado com a pandemia da Covid-19. As mulheres negras têm a menor representação na ciência e foram as mais impactadas pela pandemia, independente de serem mães. Portanto, políticas institucionais de apoio à maternidade são urgentes e altamente necessárias”, reflete Érika Pinheiro, uma das selecionadas pelo programa da Faperj.
Atualmente, diferentes editais de financiamento consideram os períodos de licença-maternidade na análise de currículos. Na Universidade Rural, em março de 2025, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPPG) implementou uma série de ações para garantir maior participação de mulheres em editais, programas e ações institucionais voltadas à pesquisa, entre elas o reconhecimento da condição de parentalidade das inscritas nos processos seletivos.
A portaria estabelece que mulheres que tiveram ou adotaram filhos nos cinco anos anteriores à data de publicação dos editais terão dois anos a mais no período considerado para avaliação de sua produção científica. A autodeclaração de parentalidade deverá ser feita no momento da inscrição. Esta ação já vinha sendo implementada pela Universidade, mas agora torna-se permanente e obrigatória para todos os editais.
“É um grande avanço de política institucional. A portaria está em sintonia com a atual discussão, em nível federal, sobre caminhar rumo à paridade e igualdade do gênero na formação e participação de mulheres na ciência e pesquisa brasileira”, disse o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, José Luis Luque, em entrevista para o Portal da UFRRJ.
Na última sexta-feira, 2/5, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou o Documento Referencial com as Diretrizes da Avaliação de Permanência dos Programas de Pós-graduação Stricto Sensu – Ciclo Avaliativo 2025-2028 e Avaliação Quadrienal 2029. Pela primeira vez, o documento considera a parentalidade entre os critérios avaliativos tanto para docentes quanto para discentes com filhos. Há orientações sobre licenças por motivo de parto, adoção ou guarda judicial e sobre a exclusão do período de afastamento do cálculo de indicadores de produtividade, por exemplo.
Conheça os detalhes da ação de comunicação da UFRRJ
Para alcançar o público mais jovem, de meninas e mulheres que estão iniciando ou desejam seguir na carreira científica, a CCS optou por divulgar em publicações nas redes sociais a trajetória das oito pesquisadoras selecionadas pela Faperj. Assim, a comunicadora visual Juliana Affonso trabalhou na criação do layout das peças gráficas, investindo em cores vibrantes e alegres.
“Foi usado um conjunto de cores quentes e contrastantes, em alusão ao calor e à potência de mãe, ao mesmo tempo em que possibilitou um layout versátil, valorizando o conteúdo”, disse Juliana.
Com linguagem simples, os cards produzidos apresentam de modo breve a formação acadêmica das pesquisadoras e o principal objetivo das pesquisas em andamento. Além disso, as professoras apresentam seus filhos e têm a oportunidade de compartilhar breves reflexões sobre maternidade e ciência.
“A proposta é aproximar as cientistas do público e aumentar a visibilidade dos projetos de pesquisa desenvolvidos em nossa Universidade, além de contribuir para ampliar o debate sobre os desafios enfrentados por mulheres na ciência, especialmente pelas mães”, explica Michelle Carneiro, jornalista da CCS à frente do projeto.
As publicações irão ao ar entre os dias 6 e 9 de maio de 2025 nos perfis institucionais nas redes sociais e no Portal da UFRRJ.
Para sugestões e/ou críticas, envie uma mensagem para comunicacao@ufrrj.br
Para outras informações sobre o programa da Faperj, clique aqui.
Acompanhe o Movimento Parent in Science nas redes sociais: @parentinscience
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Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ).