Este ano o Brasil sediará, nos dias 18 e 19 de novembro, a Cúpula do G20, grupo das maiores economias do mundo. O governo brasileiro elencou três temas centrais: combate à fome, à pobreza e à desigualdade; desenvolvimento sustentável; e reforma da governança global. Para subsidiar as discussões, o Brasil promoveu ampla participação da sociedade civil através dos chamados grupos de engajamento, que fazem parte do G20 Social. São eles: C20 (sociedade civil); T20 (“think tanks”); Y20 (juventude); W20 (mulheres); L20 (trabalho); U20 (cidades); B20 (business); S20 (ciências); Startup20 (startups); P20 (parlamentos); SAI20 (tribunais de contas); e os mais novos deles: J20 (cortes supremas) e O20 (oceanos).
Nossa Universidade participou da cúpula do T20, tendo Ana Elisa Saggioro Garcia, professora de Relações Internacionais (DDAS/ICHS), como coordenadora da Força Tarefa 3, sobre a reforma da arquitetura financeira internacional; e como observador Pablo Ibañez, professor do Departamento de Geografia (Igeo) e coordenador de área do Centro de Altos Estudos (CEA).
A professora foi responsável pela coordenação final das discussões que destacaram, dentre outras questões, os problemas relacionados ao endividamento externo dos países pobres. Ana Garcia ainda participou da mesa de lançamento da Revista Tempo do Mundo, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), “Os Desafios do G20 e a Presidência Pro Tempore Brasileira”, que tratou de temas relevantes que serão levados à Cúpula que ocorrerá na semana que vem. Já o professor participou ao longo do ano do Conselho Consultivo do T20.
Também merece destaque a participação de Ana Garcia na matéria “Trilha de finanças no G20 tem avanços, mas o impacto ainda é incerto”, publicada no dia 12 de novembro no jornal Valor Econômico.
Segundo a matéria:
“A tributação de milionários e o roteiro para a reforma dos bancos multilaterais são as principais vitórias da trilha, na visão da professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro(UFRRJ) e pesquisadora do Brics Policy Center, Ana Saggioro Garcia.
“No primeiro tema, diz ela, era esperado que uma proposta consensual de tributação a super-ricos não fosse aceita de imediato pelos países. Por isso, concorda com Haddad ao afirmar que a menção sobre o tópico é uma conquista. ‘Um acordo sobre a ideia de que é necessário compromisso maior e diálogo progressivo para a taxação desses indivíduos [super-ricos] que não pagam a tributação necessária já é uma vitória’, afirma.”
Por Pablo Ibañez, professor do Departamento de Geografia/Instituto de Geociências/UFRRJ