Para além dos anos dedicados à conclusão de uma graduação, muitos alunos seguem o caminho acadêmico e se destacam com trabalhos de pesquisa e pós-graduação. Pensando nisso, a Universidade Rural promoveu a premiação das melhores teses e dissertações desenvolvidas por seus alunos ao longo dos últimos anos.
A solenidade reuniu os pesquisadores condecorados nas seguintes categorias: Ciências da Vida (Doutorado); Ciências da Vida (Mestrado); Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar (Mestrado); Humanidades (Doutorado); Humanidades (Mestrado) e Mestrado Profissional.
“Como forma de manter a isonomia, a seleção foi feita por diversas comissões divididas por áreas de conhecimento e com membros externos à Universidade. Os requisitos foram os mesmos usados pelo Prêmio Capes. Um trabalho muito sério, que a Rural conseguiu convidar jurados de muita qualidade. A ideia é continuar os esforços para manter essa premiação de forma anual”, destacou o professor José Luis Fernando Luque Alejos, pró-reitor de Pesquisa e Pós Graduação (PROPPG).
Aluno do ProfHistória em 2019, Geraldo Braga Junior recebeu o prêmio na categoria Mestrado Profissional por seu trabalho em “Educação tradicional africana das crianças Fon do Benin: apontamentos teórico-metodológicos, afrocentricidade e a Lei Federal n°10.639/2003”, orientado pela professora Geny Ferreira Guimarães. “Foi uma pesquisa de fôlego, que trouxe textos inéditos não traduzidos de pesquisadores africanos. Espero que os resultados agora sejam ainda mais potencializados e espero poder compartilhar cada vez mais os resultados dessa pesquisa com quem tiver interesse”, disse Junior.
Agraciada com o primeiro lugar na categoria Humanidades (Mestrado) pelo trabalho orientado pelo professor Carlos Eduardo Coutinho da Costa e intitulado “Entre nobres, engenhos e o atlântico: O tráfico ilegal de africanos para a freguesia de São Francisco Xavier de Itaguahy (c. 1830-1870)”, Juliana Delphino Garcia destacou a importância da bolsa Capes em sua trajetória. “Minha experiência foi muito desafiadora durante toda a pós-graduação, ainda mais no período pandêmico. Graças a essa bolsa eu pude manter meu estudo dentro de casa e manter a segurança tanto minha quanto da minha família”, ressaltou Juliana.
Os trabalhos ainda destacam uma colaboração coletiva no ambiente universitário. Fatores que fazem manter o legado do trabalho de diferentes pessoas na construção de um prêmio individual, contou Juliana: “É fundamental valorizar o que veio antes de mim. Destaco que muito do trabalho só foi viável pelos esforços feitos pelo PET História. Se essa dissertação é premiada, gosto de dizer que muita gente
antes de mim deveria ganhar uma parcela desse prêmio. É um trabalho, literalmente, de décadas”, completou.
Confira todos os trabalhos premiados em: https://portal.ufrrj.br/edital-008-2024-resultado-final-do-premio-ufrrj-de-teses-e-dissertacoes/
Texto: Rafael Gutierrez, bolsista de Jornalismo da CCS/UFRRJ
Fotos: Yasmin Alves, bolsista de Jornalismo da CCS/UFRRJ
Publicação e edição: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ