No último dia da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRRJ), ocorreu a mostra científica “Carrapatos e sua importância em saúde pública”, apresentada por discentes de Medicina Veterinária. A exposição, realizada nesta quinta-feira (17/10), foi desenvolvida e supervisionada pela professora Isabele Ângelo do Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública.
A atividade acadêmica extensionista teve como objetivo a divulgação dos diferentes tipos de carrapatos existentes e como eles afetam o bem-estar coletivo, considerando a presença deles em espaços do câmpus Seropédica. A equipe explorou doenças passadas para o ser humano a partir do contato com o carrapato, como a febre maculosa, e listou formas para evitar a contaminação.
A febre maculosa é uma doença causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato estrela. “Ele precisa ficar quatro horas fixado em média em você para transmitir a doença. Mas não é todo carrapato que vai estar infestado”, conta a discente Gabriella Caetano.
“Para entender melhor como que a gente se previne, como evitar a disseminação da febre maculosa, a gente tem que entender um pouco como que o carrapato vive, qual seu ciclo biológico, porque assim a gente pode interferir e evitar a contaminação” afirma a aluna Ingrid Mabial. A bactéria Rickettsia, ao estar na corrente sanguínea da capivara, por exemplo, facilita a contaminação do carrapato, logo ele acessa os bovinos e o ser humano. “Em caso de bovinos, a gente pode usar carrapaticida. No caso da gente, a gente pode usar algum tipo de repelente, prestar atenção quando for para a região de mata, usar galocha, colocar uma meia por cima da roupa”, comenta a estudante.
A estudante Thauanny Débora, do Colégio Estadual Alice de Souza Bruno, relata que apesar de ter vindo para a SNCT com o objetivo de ver outra exposição, se interessou pela Mostra por ter familiaridade com os carrapatos. “Eu tenho um sitio, animais que têm isso, inclusive eu já fui picada por esses seres, aí eu vim conhecer mais um pouquinho sobre os carrapatos”, relatou. Apesar de conhecer o parasita de perto, ela diz ter descoberto coisas novas: “Achei muito interessante, porque eu não sabia que ele podia passar, transmitir alguma doença, dar algum efeito colateral, agora eu sei mais um pouquinho sobre ele”.
A equipe responsável pela mostra disponibilizou dois links com panfletos sobre febre maculosa (disponível aqui) e carrapatos (disponível aqui).
Texto e fotos: Beatriz Jansen – estudante do curso de Jornalismo da UFRRJ.
Orientação: Alessandra de Carvalho – docente de Jornalismo.
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