Semanalmente estudantes das mais diversas faixas etárias participam de visitas guiadas ao Laboratório 38, do Instituto de Química (IQ), onde aprendem conceitos de química, enquanto realizam experimentos guiados por bolsistas do projeto “Descobrindo a Ciência”. Na quarta-feira (16/10) foi um pouco diferente, pois acontecia a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) e os visitantes puderam também conhecer o projeto Jardim Sensorial.
A escola que participou dos eventos foi o curso preparatório Eleve, do município de Itaguaí. O estagiário do “Descobrindo” e professor do Eleve, Eduardo Aziel, revelou que sempre teve vontade de levar os alunos do curso ao projeto. “Quando a gente consegue levar os alunos à Rural, conseguimos mostrar um pouquinho do que a gente explica em sala de aula e sua aplicação prática”, explica.
Levar os alunos que estão em fase decisiva dos vestibulares para participar de uma aula diferente torna o aprendizado mais leve. O estudante Felipe Ramos, 18 anos, contou que gostou de participar dos experimentos, porque é um trabalho interativo que ajuda a entender melhor algumas coisas. “A maneira como explicaram cada parte ajudou muito, havia um conteúdo que não entendi muito bem em aula e hoje consegui compreender”, comentou o estudante.
Apurando os sentidos
A novidade do Grupo de Extensão em Práticas de Ensino de Ciências (Gepec) é que o “Jardim Sensorial” está de volta. Inaugurado na SNCT do último ano, as atividades foram retomadas no dia 16 de outubro, em um espaço localizado nos fundos do Pavilhão de Química.
A professora de química analítica e coordenadora do projeto, Vanessa Gomes Kelly, conta como funciona esse espaço. “Pensamos em replicar aqui o jardim que conheci na Universidade Federal de Juiz de Fora. A ideia é despertar a química através das sensações. Os alunos são vendados e utilizam os outros sentidos, como o tato, com os pés e mãos, e paladar e olfato para sentir as plantas.”
O estudante do curso Eleve, Erick Cabral, de 19 anos, descreveu sua experiência. “Estamos tão acostumados a ver tudo e recorrer ao telefone para várias coisas, que quando falta esse sentido, a gente fica meio perdido. É interessante pensar também na questão da acessibilidade, é um bom exercício para se colocar no lugar do próximo”.
O jardim sensorial do IQ amplia conhecimentos e gera novas sensações. A partir de agora, também é um novo espaço de educação informal dentro do câmpus Seropédica.
Acompanhe as atividades do projeto no Instagram: @gepec.iq.ufrrj
Texto e fotos: July Anne Santos – estudante de Jornalismo da UFRRJ.
Orientação: Alessandra de Carvalho – docente do curso de Jornalismo.
Acompanhe a cobertura da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) no site: https://snct.im.ufrrj.br/