Soraya Carelli, professora do Departamento de Geociências da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), é uma das pesquisadoras que integram o comitê científico do aspirante Geoparque Costões e Lagunas, iniciativa voltada para a conservação e valorização das riquezas geocientíficas e culturais no litoral do estado do Rio de Janeiro. O projeto está em processo de avaliação para alcançar o título de Geoparque Mundial da UNESCO dada sua importância histórica, cultural e geológica.
A docente representou a UFRRJ na apresentação realizada para os avaliadores da UNESCO, no final do mês de julho, em que foi relatado o progresso do projeto e destacados os pontos de interesse geocientífico e cultural. O evento também contou com a presença de representantes de outras instituições, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Os avaliadores visitaram 20 locais e puderam conhecer alguns dos projetos desenvolvidos, além de visitar sítios de valor científico e ambiental.
“Seguimos aguardando o relatório final dos avaliadores, em setembro, e procurando parcerias para fomento. A decisão da UNESCO só virá em 2025, enquanto isso continuamos como Geoparque aspirante”, explica Soraya, que complementa: “Mesmo que a chancela não seja favorável, continuamos na categoria de aspirante até cumprirmos todas as metas desejadas”.
A decisão final do comitê da UNESCO está prevista para abril de 2025.
Para outras informações sobre a Missão de Avaliação, leia a notícia divulgada no site institucional : https://www.geoparquecostoeselagunas.com/noticias/
CCS/UFRRJ com informações do site Geoparque Costões e Lagunas do Rio de Janeiro.
Fotos: Divulgação/Arquivo Pessoal.
Saiba mais
Desde 2010, está em discussão uma proposta para estabelecimento de um Geoparque na região do litoral norte e leste do Estado do Rio de Janeiro. Ela aponta na direção da conservação de uma área com beleza e conteúdo geocientífico singular.
A proposta foi intensamente discutida durante o ano de 2011 e culminou com a indicação de uma área que envolve porções litorâneas da região e abrange desde o município de Maricá até São Francisco de Itabapoana, no norte do estado do Rio de Janeiro.
Compreende áreas de interesse científico, didático-pedagógico, turístico, histórico, pré-histórico e ecológico. Estão incluídos neste perímetro 16 municípios.
Vale ressaltar que cerca de 15% da área corresponde a Unidades de Conservação estadual ou federal, além de espelho d’água de lagoas e lagunas.
Texto extraído com pequenas modificações do Capítulo 19 do livro “Geoparques do Brasil: Propostas”, editado pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM.