No primeiro semestre deste ano, a Administração Central da UFRRJ, por meio de ofício encaminhado à EcoRioMinas, concessionária responsável pela BR-465/RJ, principal via de acesso ao câmpus Seropédica, solicitou providências quanto à segurança da estrada. Em resposta, a empresa reuniu-se com a Reitoria, a diretoria do CTUR e autoridades locais em 29/05.
Dando prosseguimento ao acordado na primeira reunião, na semana passada (11/07), representantes da Universidade e do Colégio Técnico, juntamente com autoridades locais, a Polícia Rodoviária Federal e funcionários da concessionária, fizeram uma vistoria conjunta da BR-465/RJ, a fim de apontar problemas de sinalização e locais de insegurança ao longo da rodovia.
A UFRRJ foi representada pelo docente Heitor Farias, do Departamento de Geografia, vice-diretor do Instituto de Geociências. Heitor explica que acompanhou a vistoria em três pontos sensíveis para a comunidade universitária: o pórtico da UFRRJ, a entrada do CTUR e a ponte em direção ao 49, na entrada para o bairro Mutirão.
Além de problemas de sinalização, outros fatores foram ressaltados à concessionária. A vice-diretora do CTUR, professora Maria do Socorro, deu informações e colaborou com a vistoria informando sobre as necessidades dos alunos e o movimento no local.
“No CTUR, a grande reclamação foi a troca de lugar do radar limitador de velocidade. Ele ficava antes do CTUR (considerando quem vem de Campo Grande) e foi colocado depois. Hoje está na entrada do bairro Ecologia. A justificativa apresentada é que os radares são manejados segundo o índice de acidentes registrado nos últimos anos. Tiram de onde os acidentes foram reduzidos (pela presença dos mesmos) e colocam onde aumentaram os registros. Assim, o Colégio pediu para que encontrassem uma maneira de reduzir a velocidade dos carros antes do CTUR. Foi sugerido uma lombo faixa (faixa de pedestres elevada sobre uma lombada). Adicionalmente, serão instaladas placas informativas da existência de radares para que os veículos vindos da direção de Campo Grande possam reduzir a velocidade antes da lombo faixa”, explicou Heitor.
Outro problema relatado pela Polícia Rodoviária Federal foi a falta de controle sobre os acessos à rodovia. A redução de acessos diminui os engarrafamentos e os acidentes. Em frente ao CTUR, por exemplo, existem cinco acessos à BR-465. Uma da antiga escolinha do IZ, três do posto de gasolina e uma do bairro Ecologia. O correto seria concentrar em uma ou duas saídas. O mesmo procedimento deveria acontecer nos centros do km 40 e 49. Quanto menos alças de acesso, menos trânsito e menos acidentes.
Quebra-molas em frente ao pórtico
Membros da comunidade universitária ressaltam que houve a retirada de quebra-molas em frente ao pórtico da Universidade, tornando a entrada ao câmpus mais perigosa. O professor explica a justificativa da concessionária para tal modificação: “Justificaram que as lombadas foram substituídas pelos radares. E que uma solução para melhorar a travessia dos alunos é fazer uma lombo faixa em frente a UFRRJ também. As lombo faixas são muito eficientes, mas precisam estar em locais de menor velocidade (próximo a radares) senão podem causar mais acidentes”, explicou o docente.
Quanto à previsão de nova realização de vistoria conjunta ou prazo para a concessionária atender às demandas específicas da UFRRJ, o representante da concessionária explicou que qualquer mudança na rodovia a ser feita pela EcoRioMinas necessita de uma autorização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), que se baseia nas recomendações técnicas da PRF.
Imagens: Google Maps
Texto: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ