É necessário um esforço conjunto para controlar o Aedes Aegypti. Esta foi a conclusão tirada da comissão que reuniu representantes da UFRRJ, prefeitura de Seropédica, Embrapa e Pesagro, ocorrida nesta quarta-feira, dia 24 de fevereiro, na sala de reuniões da Secretaria de Órgãos Colegiados. O objetivo foi unir forças para otimizar o combate ao mosquito na região e a iniciativa do encontro foi da própria Rural.
Representantes dessas entidades expuseram as ações que já têm sido desenvolvidas por elas e houve um consenso de que o combate ao causador da dengue, da zika e da febre chikungunya só tem chances de dar certo se houver envolvimento de todas as áreas.
– Temos trabalhado com agentes de saúde visitando as casas, em sistema dobrado. O que seria feito em dois meses de trabalho fizemos em 30 dias. Se houver uma infestação maior de mosquitos, usaremos o “fumacê”. Mas isso só será feito caso seja extremamente necessário, pois outras espécies da fauna são afetadas e isto não contribui para o equilíbrio ambiental. Temos trabalhado também com informação. Distribuímos 40 mil panfletos para orientar as famílias de Seropédica, pois acreditamos que a população pode e deve contribuir – afirmou Wagner Teixeira, diretor municipal de Vigilância em Saúde.
A Secretaria de Educação da prefeitura de Seropédica também vem se engajando no combate ao Aedes, para isso, juntou-se à Secretaria de Saúde para conduzir o “Projeto Meu Bairro sem Aedes aegypti”.
– Criamos um nivelamento de contaminação com grupos de oito escolas cada. As mais infectadas formam o “cinturão vermelho”. Depois, vêm o amarelo, o verde e o azul. Assim, temos ações mais específicas para cada nível. No dia 19 de março, contaremos com apoio do Exército e teremos um grande movimento de combate. Nossa expectativa é bem positiva para o envolvimento das crianças.
Andreia Cassilla, supervisora na Coordenadoria de Apoio a Sustentabilidade, Qualidade e Gestão Ambiental da Embrapa, também ressaltou que, desde o início do ano, a instituição está envolvida com o combate ao Aedes.
– Desde janeiro, estamos envolvidos nisso. Fizemos um levantamento fotográfico e encontramos 69 locais com possíveis criadouros. Achamos larvas em sete deles. Estamos cuidando melhor do descarte do lixo, pois entendemos que o lixo mal cuidado pode ser muito perigoso para a nossa comunidade.
Professor Lenicio Gonçalves, do Departamento de Biologia Animal, membro da comissão especial da UFRRJ para o combate ao Aedes Aegypti, foi categórico:
– É ótima a iniciativa deste encontro, pois temos de entender que o mosquito não desaparecerá. Por isso, temos de aprender a conviver com ele. Isso é possível, mas precisamos de ações efetivas neste sentido.
Para notificar focos do mosquito Aedes na região de Seropédica, o Disque Dengue é 2682-8628