Alunos, servidores e terceirizados da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) podem se inscrever até hoje (12/03), clicando aqui. O projeto tem duas modalidades, com diferentes públicos-alvo. Uma delas é Psicoterapia Assistida por Equinos (PAE) — destinada aos alunos da UFRRJ — realizada pela equipe de psicólogas do projeto com o objetivo de recuperação emocional dos danos causados ao longo da vida e da pandemia de COVID-19 levando o paciente ao autoconhecimento, o autocuidado e o contato com a natureza.
A outra possibilidade de se inscrever no projeto multidisciplinar é a modalidade de Aprendizagem Assistida por Equinos (AAE). Os inscritos podem ser tanto alunos como servidores e terceirizados interessados em aprender o manejo consciente e diário dos cavalos. Os participantes desenvolvem técnicas de alongamento e relaxamento, aprendem sobre o comportamento dos equinos, suas pelagens e demais particularidades.
Tanto as aulas quanto as sessões psicoterapêuticas serão realizadas no Setor de Garanhões da UFRRJ.
Rural cavalga em direção ao pioneirismo
O grupo criado pelas professoras de Psicologia e Medicina Veterinária, Valéria Marques e Anna Paula Balesdent, aponta para uma interação psicossocial entre animal e humano ainda pouco explorada no Brasil. O Equilibrium atua dentro do ensino e extensão da Universidade desde 2017, quando foi fundado.
Tatianne Godoi é coordenadora da Aprendizagem Assistida por Equinos, com mestrado e doutorado em Medicina Veterinária na UFRRJ e foco no bem-estar dos equinos, comportamento e acupuntura. Ela é técnica administrativa na coordenação de Produção Integrada ao Ensino e Extensão e conta mais sobre a atuação do projeto em extensão: “A principal ação extensionista atualmente no EQUIlibrium Rural é o projeto de Liderança Docente, através da Aprendizagem Experiencial Assistida com Equinos”. O projeto visa trazer o professor para reflexões que colaborem com o seu dia a dia em aula: “Este projeto tem como principal foco o sensibilizar os professores da rede pública de Seropédica quanto a sua autopercepção e as dificuldades encontradas na relação aluno-professor na sala de aula”, explica.
Os cavalos mais dóceis da Universidade
Para completar o tripé institucional ensino, pesquisa e extensão, temos o estudo de Vinícius Morgado, coordenador discente do Equilibrium. O estudante de Zootecnia — coordenado por Tatianne Godoi e Andreza Silva, ambas de Medicina Veterinária — juntamente com outros alunos — desenvolve uma pesquisa sobre dessensibilização em cavalos pela habituação gradual a novos estímulos. Nela, os discentes levaram os cavalos a se acostumarem com os estímulos sensoriais que poderiam receber durante as sessões. Foram introduzidos “obstáculos, bandeiras, lona, bambolê, entre outros. Então, para que os cavalos se acostumem com objetos, alimentos, sons e odores é necessário que se faça a apresentação dos mesmo, de forma gradativa e rotineira”, explica Vinícius.
O objetivo final do estudo é tornar os equinos mais receptivos. “O que se busca é a minimização de reações negativas (agressivas, medo e estresse), uma vez que esses animais atendem ao público. Portanto, com a minimização dessas reações, é possível estimar o êxito da dessensibilização, redução do estresse, medo e agressividade, obtendo animais mais dóceis”, completa o estudante.
Texto e Fotos: Luiz Felipe Pinheiro, colaborador da CCS
Edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ