Esse foi o primeiro dia de trabalho da empresa Prelúdio Alimentos LTDA, que ganhou a concessão para assumir a distribuição de refeições e deve seguir com a responsabilidade por cinco anos, sendo renovável por mais cinco, caso continue cumprindo todas as normas para a produção dentro dos padrões do RU e da Universidade.
Os principais responsáveis por esse avanço incluem a Administração Central da UFRRJ, junto com o Restaurante Universitário (RU), a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes), a Prefeitura Universitária, a Coordenadoria de Projetos de Engenharia e Arquitetura (Copea), a Pró-Reitoria de Assuntos Financeiros (Proaf) e demais setores da Instituição que finalizaram, no final de fevereiro deste ano, todos os trâmites necessários para que a nova empresa terceirizada de alimentos assumisse o comando da distribuição das refeições no RU.
A implementação de uma concessionária do setor alimentício dentro do restaurante vai possibilitar que o alimento, antes produzido em um local externo à Universidade e transportado para o RU, seja feito na própria cozinha especializada do refeitório. O que deve proporcionar uma experiência de alimentação com maior qualidade nutritiva para os alunos, com a preparação de alimentos mais frescos, além de melhor aparência e sabor – o que passa a sensação de uma refeição caseira.
Ericson Mello, coordenador do Restaurante Universitário reforça: “Há uma diferença enorme em relação à comida produzida no RU e à comida transportada. Com a refeição sendo feita no local, conseguimos avaliar a qualidade do alimento desde sua chegada, produção e distribuição. A logística é mais adequada e as variáveis, como a temperatura do alimento, podem ser controladas’’, conclui.
A decisão de contratação de distribuição de refeições por hot box para os estudantes via transporte foi tomada devido às grandes obras de reestruturação e ampliação no Restaurante Universitário, que têm previsão para acabar até o fim de março. Uma parte dessas obras, que acontecia internamente, impossibilitava que a comida fosse feita na cozinha especializada do RU devido à grande quantidade de resíduos, detritos e movimentação de pessoas no ambiente.
Agora, com a finalização das obras internas, será possível produzir comida no local e aumentar a qualidade das refeições do restaurante. Mônica Oliveira, economista doméstica e vice-coordenadora do RU, reitera que “A importância dessa mudança é que agora a equipe técnica consegue acompanhar todos os processos de produção, da chegada do alimento in natura até a hora de servir o aluno, o que nos dá mais confiança e tranquilidade em nosso trabalho’’, acrescentando que está sendo uma grande vitória para o restaurante também poder oferecer opções de alimentos para os veganos no almoço e no desjejum.
Uma grande vitória para toda a comunidade
Em entrevista com alguns estudantes como Poliana Muqui, graduanda de História e uma das primeiras alunas da UFRRJ a experimentarem a refeição produzida no RU, foi possível ter um panorama geral do sentimento dos alunos em relação à mudança na alimentação do local. “Pela primeira vez, hoje, comendo com a empresa nova, eu senti muita diferença. Você sente como se a comida tivesse sido feita em casa, sabe? O feijão estava bom, o arroz estava bom, o tomate estava fresco, eu senti muita diferença. Pelo primeiro dia, superou a minha expectativa, comer no prato também é muito melhor’’, completa a estudante.
As obras de reestruturação e ampliação do Restaurante Universitário já passaram por alguns estágios importantes, e voltar a produzir refeições para os alunos dentro do restaurante, depois das obras internas, é uma grande vitória para toda a comunidade universitária.
César Augusto Da Ros, vice-reitor da UFRRJ, que esteve à frente da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (2013-2021) no início das obras e acompanhou todo o histórico de esforços para que os alunos tivessem melhores condições de alimentação no câmpus, finaliza: “A volta da comida produzida no RU marca o fim do processo bastante complexo que foi a reforma, a ampliação e a reestruturação do restaurante. Ela ocorreu em algumas etapas distintas, indo desde a ampliação da cozinha até as obras de acessibilidade no ambiente. A nossa expectativa daqui para frente é captar mais recursos para a ampliação do espaço administrativo. Há perspectiva da construção de novos espaços físicos para a realização de oficinas e estágios, de modo a transformar o restaurante para além de um equipamento de assistência alimentar: um equipamento para a produção de conhecimento científico e atividades de extensão ligadas à alimentação’’, completa.
Juliana Arruda, pró-reitora de Assuntos Estudantis, também acompanhou todo o processo desde o início da obra, quando era pró-reitora adjunta da Proaes. “Agradeço por todo o apoio que tivemos nos dias mais difíceis e contamos com vocês para estarmos atentos ao padrão de qualidade que acreditamos que a comunidade universitária merece”, finalizou.
Texto e Foto: Matheus Mendonça, bolsista da CCS
Edição e publicação: Fernanda Barbosa, jornalista e coordenadora da CCS/UFRRJ