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Seminário sobre Formação de Professores debate Base Nacional Comum Curricular
Ligia Machado e representantes dos eixos: matemática, linguagens, ciências na natureza e ciências humanas. (Mateus Cabot / Assessoria da Prograd)
Aconteceu ontem (25), no câmpus sede da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, o Seminário sobre Formação de Professores. Organizado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd), o encontro reuniu graduandos e professores da Rural e da rede básica de ensino para o debate sobre as novas Diretrizes Nacionais Curriculares (DNCs) para a formação de professores da Educação Básica e da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que delimita o currículo mínimo para todos os alunos das 190 mil escolas de educação básica do país.
Às 9h da manhã, representantes da Comissão Permanente de Formação de Professores (CPFP) e da Comissão Própria de Avaliação (CPA), junto à Prograd acompanharam os debates em torno das DNCs aprovadas em julho deste ano, e que serão implantadas nos projetos pedagógico das licenciaturas. A pró-reitora de graduação, Lígia Machado, estava presente e fez questão de participar do debate que trará mudanças às licenciaturas:
"Estamos investindo em estudos para analisar quais serão os impactos e ajustes necessários, mas sem perder de vista a dimensão conceitual de formação crítica e reflexiva levantada pela Universidade."
À tarde, após a exposição do texto preliminar apresentado pelo Ministério da Educação, os participantes se distribuíram em quatro grupos: matemática, linguagens, ciências na natureza (química, biologia, física) e ciências humanas; e se reuniram separadamente para avaliar o documento e apontar possíveis mudanças. O MEC receberá sugestões até o dia 15 de dezembro.
Coordenadores, professores e graduandos se reuniram para analisar texto apresentado pelo MEC. (Mateus Cabot / Assessoria Prograd)
Representado pelo professor Douglas Monsôres, o grupo de matemática apontou pontos positivos no documento, como o ensino menos mecanizado da matemática, incluindo contextualização histórica dos conceitos. Atentou, porém, à obrigatoriedade que o texto impõe ao uso de tecnologias para o ensino, visto que nem todas as escolas têm estrutura adequada.
O grupo de linguagens, representado pela professora Amparo Cupolillo, repudiou a Base Nacional Comum em sua íntegra por ater a um currículo mínimo que não amplifique as possibilidades de aprendizado. O grupo levantou necessidades: políticas públicas que foquem na formação dos professores, agenda imediata de discussão e permanência do ensino de licenciaturas no modelo disciplinar sem ignorar a interdisciplinaridade. A docente ressaltou também a importância do evento para o entendimento amplo e profundo da pauta. Na sequência, o grupo de ciências humanas também repudiou por completo o documento, por apresentar ensino tecnicista, com menor valorização da teoria, supressão das áreas de conhecimentos e a inclusão do ensino religioso.
A Pró-Reitoria de Graduação frisou, durante o evento, a necessidade de discussão e aprofundamento em torno do documento, bem como da criação de uma agenda de discussão em torno da pauta, ainda inicial.