Há 60 anos, o Rio de Janeiro passava por um acontecimento histórico – a maior onda de saques da história do país, que teve início em Duque de Caxias e se espalhou por toda a Baixada Fluminense, que resultou em pelo menos 42 mortos, 700 feridos e mais de 2 mil estabelecimentos atingidos, muitos dos quais nunca se recuperaram. Em resposta ao episódio, comerciantes da Baixada Fluminense passaram a patrocinar grupos armados para proteger suas lojas. É o que explica a reportagem da BBC News Brasil, que entrevistou o professor José Cláudio Souza Alves, docente do Departamento de Ciências Sociais (ICHS/UFRRJ) sobre o assunto.
Num relatório interno, a Associação Comercial e Industrial de Duque de Caxias concluiu que 30% dos comerciantes saqueados não se restabeleceram, 50% voltaram em condições precárias e apenas 20% retornaram em condições normais, conforme explica o professor em seu livro Dos barões ao extermínio: Uma história de violência na Baixada Fluminense (2020). Como consequência, houve um reforço na segurança por parte dos comerciantes através de grupos armados. “O delegado convocou voluntários para o policiamento da cidade. Estes, em grupo de 12, formariam a Brigada de Defesa da Família Caxiense. Surgia assim uma força paramilitar da qual faziam parte muitos jovens que pertenciam a famílias abastadas da cidade”, escreve José Cláudio.
Para ler a reportagem da BBC News Brasil na íntegra, acesse https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62272917
Imagens: BBC Brasil