Pedro Hallal ministrou a aula magna dos cursos de graduação da UFRRJ
Nesta segunda-feira, 31/01, aconteceu a aula de abertura do período 2021-2 na UFRRJ. Respeitando os protocolos de segurança sugeridos contra a pandemia de Covid-19, a aula foi online, transmitida ao vivo no canal da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) no Youtube.
A aula foi ministrada pelo professor, pesquisador e ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL), Pedro Curi Hallal, como forma de recepcionar os novos estudantes da Universidade. O tema da Aula Inaugural deste ano foi “Ciência e Negacionismo”.
Além do professor Pedro Hallal, também estavam presentes na mesa diretora do evento o Reitor da UFRRJ, professor Roberto Rodrigues, a presidente da Associação de Docentes da Rural, professora Elisa Guaraná, a Pró-reitora de graduação, professora Nidia Majerowicz e a representante do Diretório Central dos Estudantes, a discente Letícia Inácio. Todo o evento foi traduzido em libras e teve mais de mil visualizações simultâneas.
Após as saudações de boas-vindas, o reitor Roberto Rodrigues discursou sobre a situação da crise sanitária. “Mesmo com a grande expectativa que nós da Universidade, alunos, professores,técnicos administrativos e terceirizados, estávamos de uma retomada a presencialidade com toda a segurança necessária, mais uma vez a Covid nos colocou em uma obrigação de dar um passo atrás para que a gente consiga ter passos melhores à frente.”
Em sua palestra, o professor Pedro Hallal destacou a importância das pesquisas realizadas nas universidades e constatou que o grande empecilho para o enfrentamento da Covid no Brasil é o negacionismo.
“Quando o pessoal foi, em março de 2020, testar se a cloroquina ajudava no combate ao novo coronavírus, eles faziam muito bem em testar. Isso não tem nada de inaceitável, isso não é negacionismo. Negacionismo é quando, dois meses depois, os resultados dos estudos mostraram de forma enfática que a cloroquina não resolvia nada no caso da covid-19, as pessoas seguiram dizendo que funcionava e o governo brasileiro despendeu de milhões de reais dos contribuintes para produzir um medicamento que não servia para tratar a doença. ”, disse Hallal.
O palestrante também destacou que a ciência ainda é a melhor forma de combater ideologias negacionistas, principalmente quando se trata do movimento anti-vacina. “A cultura da vacinação no Brasil é tão boa, que mesmo os anti-vax se vacinam. A ideia do movimento é gerar a interrogação, é fazer a pessoa pensar duas vezes “será que é seguro? (…) A vacina já evitou milhões de mortes no mundo e quando a gente se encaminha pro final da pandemia, praticamente isso vai se transformando numa pandemia dos não vacinados. Ou seja, qualquer pessoa já notou que é muito melhor se vacinar.”, afirmou o professor.
Ao final da aula, Halla respondeu perguntas dos participantes, esclarecendo dúvidas pertinentes à ciência e ao cenário epidemiológico atual.
O evento completo durou um pouco mais de duas horas e pode ser visto no link https://abre.ai/aulamagna2022ufrrj
Texto: Isabele Bard – bolsista de Jornalismo da Prograd/UFRRJ