Publicação é fruto do trabalho da Comissão Permanente de Design e Comunicação Institucional (CPDCI)
A Coordenadoria de Comunicação Social (CCS) disponibilizará em seu site, a partir desta semana, o Manual de Identidade Visual da UFRRJ. O documento é um guia prático para a comunidade acadêmica aplicar padrões visuais na comunicação institucional da Rural e de seus setores internos.
Ter uma identidade visual bem definida e completa é essencial para que seja possível padronizar a comunicação da Universidade e estabelecer o que os profissionais da área costumam chamar de “senso de pertencimento”, uma ligação emocional com sua comunidade a partir de elementos visuais.
Com o Manual definindo alguns critérios e algumas características que a identidade visual da Universidade precisa ter, fica mais fácil para os gestores e a comunidade acadêmica terem um guia no momento de produzir seus materiais. A ideia é manter uma unidade visual e trazer profissionalismo aos materiais de comunicação institucional.
O Manual também será um orientador para ações práticas do dia a dia, como a criação de uma sinalização, de uma logomarca, de uma normativa ou material criativo para algum evento.
Comissão Permanente de Design e Comunicação Institucional (CPDCI)
A Comissão Permanente de Design e Comunicação Institucional (CPDCI), formalizada em 2019 pela portaria Nº 1281/2019 – GABREI, foi a responsável por levar adiante o projeto de expansão e fortalecimento da identidade visual da Universidade.
O trabalho da comissão, que culmina na publicação deste Manual de Identidade Visual, não começou nem termina aqui. Na verdade, antes mesmo de ser criada formalmente a comissão, os designers da UFRRJ já vinham promovendo ações de integração visual na comunidade.
“Quando o grupo foi formado e eu apresentei aos meus colegas designers o que já tinha iniciado, eles trouxeram ideias e fizeram melhorias essenciais, como a criação do elemento gráfico, e juntos, fomos seguindo essa ideia. O elemento gráfico é realmente um diferencial no projeto, ele chama a atenção, a forma dele e as cores do elemento gráfico traduzem a diversidade da Universidade e a expansão do Manual de Identidade é a expansão da Rural em si. A Universidade cresceu, e o Manual seguiu este crescimento”, conta Patrícia Perez, designer integrante da CPDCI e primeira a tomar posse na Rural, em 2014, iniciando o projeto de renovação da identidade visual.
Elemento gráfico
O elemento gráfico ao qual a designer Patrícia Perez se refere, e que deu início a todo o trabalho de renovação da identidade da UFRRJ, é composto por arcos – uma inspiração nos arcos da arquitetura ruralina.
São composições abstratas criadas a partir de círculos, semicírculos e segmentos de círculo, conforme explica o próprio Manual, e que podem ser adicionados a apresentações, posts de redes sociais, cartões de visitas e outros materiais de promoção institucional para formar uma padronagem facilmente associada à Universidade.
“Expandir a identidade visual para além da logomarca é uma ação importante porque conseguimos elaborar um conceito possível de aglutinar vários setores da Universidade. A nossa comunidade já identifica as linhas e os arcos nos desenhos que apresentamos no material de comunicação visual. Essa é a ideia de um símbolo. Não é preciso alterar a logomarca, nem criar sobre ela para dizer que é da UFRRJ. O desafio é usar a criatividade, seguir as orientações e as propostas trazidas pelo Manual, e buscar um elo dessa identidade gráfica da instituição com o objetivo de cada órgão dentro da Universidade”, explica Alessandra de Carvalho, coordenadora da CCS e presidente da Comissão.
Alessandra se refere a uma prática comum dentro da instituição que é a criação de logomarcas a partir de modificações feitas na logomarca original da Rural. Trata-se de uma prática desencorajada pelo Manual, conforme mostrado na imagem abaixo.
Criação de marcas, tipografia, cores, papelaria
Além de orientações sobre o uso da marca da UFRRJ, a criação de marcas institucionais e a promoção institucional, o Manual de Identidade Visual traz diretrizes para tipografia, uso de cores e a produção de papelaria pelos mais diversos setores da instituição.
O designer Alexandre de Souza Souto, integrante da Comissão, atua na CCS e atende vários departamentos e setores da Universidade que pretendem criar sua própria marca. Alexandre já criou logomarcas para setores como o Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), o setor de Suinocultura e a Coordenação de Desenvolvimento de Pessoas (Codep).
“A principal demanda dos setores internos da UFRRJ é criação da marca. Quando eles nos procuram, no geral, eles querendo uma nova marca. E aí, nós, designers, oferecemos as aplicações para eles. São ideias de como ficará, para que possam ter uma visualização”, explica Alexandre, se referindo à forma costuma trabalhar quando um setor procura a CCS para criação de identidade visual.
O designer primeiro conduz uma pequena entrevista, para saber detalhes da demanda, elabora a marca e faz uma apresentação do resultado com os mais diversos usos em que se pode aplicar a nova arte, como posts de redes sociais, apresentações etc.
“Quando eu faço a apresentação, o que mais chama a atenção do público é o processo criativo. Eu explico o passo a passo de como eu cheguei naquele símbolo final. Eu conto uma história de como eu cheguei lá. Quando eu mostro que é algo trabalhado aos poucos, todos ficam encantados”, explica o designer.
Mas o Manual não trata somente de marca, ele contempla vários itens, para atender vários tipos de demandas da comunidade.
“Vocês podem observar que temos várias cores no Manual, nós ampliamos a paleta de cores. Temos um novo elemento gráfico para completar um material que precise dele. Diretrizes sobre o uso de imagem, que tipo de imagem usar, como lidar com fotos e ilustrações, ícones… No início, a Universidade tinha um manual, só o manual da marca especificamente. Agora temos um manual mais completo, que inclui até como aplicar a identidade em veículos”, explica Patrícia Perez.
Identidade e pertencimento
Com as iniciativas do grupo de designers, que estão lotados na CCS e na Escola de Extensão, mas atendem toda a UFRRJ, a comunidade ruralina vem percebendo mudanças visuais significativas na promoção institucional da Universidade e o feedback é bastante positivo. Com isso, os serviços de design são requisitados com muito mais frequência e a integração dos setores sai fortalecida.
“Um ponto importantíssimo, que merece destaque é o processo de elaboração dessa identidade. Nós da Comissão buscamos fazer os projetos sempre juntos, isto é, de forma colaborativa com os setores da Universidade, e temos muito orgulho disso. Essa forma de trabalhar junto com todos é fundamental para que as pessoas fiquem engajadas através do projeto de identidade visual com a própria universidade”, explica Luciano Skorianez, designer da Escola de Extensão e integrante da CPDCI.
Luciano ainda explica o papel da identidade visual para o senso de pertencimento da comunidade ruralina. “Com certeza a identidade visual da Rural traz não somente um pertencimento para a comunidade acadêmica, assim como um orgulho de fazer parte dessa instituição, pois ela reflete e organiza os valores da nossa instituição. Ao identificar facilmente os grafismos nos canais de comunicação, essa nova identidade cria uma relação de confiança da mensagem divulgada com o público interno e externo. Hoje em dia o público reconhece facilmente uma divulgação oficial da UFRRJ.”
O designer também menciona a flexibilidade e o padrão multicolorido que os arcos da Rural fornecem como grafismo nessa identidade visual, refletindo a multiplicidade e a diversidade da UFRRJ.
Na prática
Mas, na prática, vai ser fácil para os setores aplicarem os conceitos e elementos do Manual? A designer Patrícia Perez garante que sim.
“Já vejo um esforço positivo das pessoas em aplicar os conceitos, mesmo sem o Manual. Ele é bem intuitivo. Mesmo assim, nossa intenção, depois do lançamento do Manual, é, numa segunda fase, fazer um site ou disponibilizar um local no site da Rural onde as pessoas poderão baixar layouts. Então elas terão elementos gráficos já aplicados para apresentações, papelaria etc., para facilitar o uso pela comunidade. Pretendemos fazer treinamento à comunidade, explicar como se lê o Manual, ensinar boas práticas, orientar se elas devem ou não ter marca, e por que é importante preservar a união da marca e as demais marcas da Universidade para não fragmentar a unidade da UFRRJ etc.”, explica a designer.
Portanto, numa segunda etapa, a Comissão pretende conduzir ações que permitam os setores tornarem-se autônomos no uso das padronizações da identidade visual. Um processo educativo e de conscientização da importância deste “senso de pertencimento” através da identidade visual, que pode vir em formato de workshops, palestras ou de um website com templates prontos – a Comissão ainda definirá os meios que utilizará para essa educação visual da comunidade.
“É realmente um projeto que tem início, mas dificilmente terá um fim. Os desafios e a complexidade da nossa Universidade são constantes, mas com certeza será um marco de referência na organização visual das universidades federais do Brasil. A estrutura pensada a partir de duas vertentes primárias, que no caso da rural são as Pró-Reitorias e os Institutos, servem como base para a arquitetura de marca que ao mesmo tempo que unifica, permite a individualidade do setores. Assim eu acredito que as próximas gerações de alunos e servidores irão ter um orgulho de fazer parte de uma Universidade como uma estética e organização visual bem cuidadas”, conclui o designer Luciano Skorianez.
Para acessar o Manual de Identidade Visual e solicitar serviços de design, visite o site da CCS em https:/institucional.ufrrj.br/ccs/
Por Fernanda Barbosa, jornalista da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ).