Texto: Thaís Melo*
Criada em 2019, a Escola de Extensão (Eext) da UFRRJ começou a funcionar em março deste ano e já teve aproximadamente 1.240 inscritos em seus cursos. Mesmo com pouco tempo de existência e tendo começado a funcionar no meio de uma pandemia, a escola já pode ser considerada um projeto de sucesso.
A Eext realizou uma chamada pública a qual foram submetidas 28 propostas de cursos, todos gratuitos, que tiveram duração de 30 a 60 horas. Os cursos contemplavam as mais diversas áreas do conhecimento como: Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Exatas e da Terra, Linguística, Letras e Artes, Ciências Humanas, Ciências Agrárias e Ciências da Saúde.
A diretora da Escola de Extensão, a técnica administrativa Sandra Marchiori,considerou os primeiros meses de funcionamento da escola trabalhosos, mas fundamentais. “Foram muitas trocas de e-mails com os servidores e proponentes dos cursos, que não tinham experiência com o SIGAA (Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas) e com as plataformas. Fomos aprendendo juntos”, contou.
Agora, no mês de julho, a Escola de Extensão lançou edital com o objetivo de receber mais propostas de atividades. Desta vez os cursos cadastrados podem ter de 30 a 180 horas de duração. A diretora da Escola explicou como vai funcionar essa nova etapa. “O novo edital terá vigência semestral e um fluxo contínuo. Ou seja, os servidores docentes e técnicos administrativos podem submeter suas propostas de curso a qualquer tempo dentro do semestre, desde que cumpridas as exigências citadas no edital”, contou a diretora. De acordo com ela, os cursos que antes eram cadastrados diretamente pela Escola de Extensão, agora serão cadastrados pelos próprios proponentes das atividades.
Um dos proponentes da primeira leva de cursos foi o professor do Departamento de Parasitologia Animal da UFRRJ, Douglas McIntosh. O docente ofereceu o minicurso “Elaboração e Avaliação de Artigos Científicos” por meio da Escola duas vezes. Na primeira foram disponibilizadas 23 vagas e na segunda 53 e todas foram preenchidas rapidamente.
De acordo com o professor McIntosh, ministrar um curso através da Eext foi uma experiência extremamente positiva e isso o motivou a repetir a dose e oferecer o minicurso uma segunda vez para mais pessoas. Esta foi a primeira vez que o docente ministrou um curso de Extensão e por ter sido através de encontros online o desafio foi ainda maior. “Antes disso, eu não havia percebido a importância de poder aplicar minha experiência e conhecimento de uma matéria e apresentá-la a um grupo mais amplo de profissionais do que posso alcançar durante o ensino para alunos da graduação e da pós-graduação”, explicou.
O docente contou ainda, que ministrar as aulas online também foi uma experiência nova. Apesar da prática ter sido estranha a princípio, serviu para que ele pensasse mais profundamente na maneira como apresentava o material das aulas. Douglas McIntosh também ressaltou a eficiência da Eext com a oportunidade de alcançar um público maior e mais diverso do que se ficasse restrito somente às salas de aula presenciais.
Um dos objetivos da Extensão universitária é levar o conhecimento para fora dos muros da universidade. Na atividade organizada pela professora Flávia Motta do Departamento de Educação e Sociedade (DES) e sua equipe, essa foi uma das metas alcançadas. Além de estudantes dos cursos de licenciatura da Universidade Rural, professores das redes públicas de ensino participaram do curso “A universidade e a formação docente: questões teóricas e práticas na formação do professor”.
Motta explicou que a pandemia motivou ela e sua equipe a desenvolverem a atividade. “Quando percebemos que não voltaríamos tão cedo, sentimos a necessidade de promover uma ação que nos aproximasse dos discentes e dos professores das redes, e mostrasse que a universidade estava ali cumprindo seu papel social com responsabilidade”, explicou a professora.
O desafio de realizar o curso online se transformou em diversão, de acordo com a professora Motta. Ela e sua equipe gravaram vídeos e podcasts, realizaram fóruns para tornar tudo mais dinâmico e envolver os participantes.
Segundo a docente, um diferencial das aulas online foi poder “brincar” com a plataforma utilizada (Moodle), já que ela permite elaborar o desenho da sala virtual, oferecendo muitas possibilidades. Em relação a experiência de ministrar o curso a professora relatou. ”Compreendo dar aula como diálogo, troca, participação ativa no processo de crescimento do outro. É afetar e afetar-se. Isso acontece com o discente na minha frente ou através da internet”, ressaltou a docente. A atividade submetida pela professora Flávia Motta teve duração de cinco módulos distribuídos ao longo de cinco semanas.
Diante do êxito dos cursos já realizados a Escola de Extensão quer repetir o sucesso no futuro com a nova leva de atividades que serão inscritas através do edital.
Serviço
Para que não haja dúvidas de como realizar os cadastros, a Escola de Extensão desenvolveu tutoriais em vídeo e em texto que vão ficar disponíveis em seu site explicando como o cadastro deve ser feito. Além disso, no site da Eext também está disponível uma página respondendo as perguntas mais frequentes.
Para Marchiori, a pandemia de Covid-19 tornou tudo urgente e virtual. Com isso, surgiu o desafio de ter a primeira experiência da Escola de Extensão com o sistema onde as atividades ficam cadastradas e com os primeiros cursos sendo todos realizados a distância. “Mesmo assim, correu tudo bem e os cursos oferecidos tiveram todas as vagas esgotadas ainda nos primeiros dias. Estando 22 desses cursos com suas atividades já finalizadas e os seis cursos ainda em atividade tem término previsto para agosto e setembro deste ano”, relatou. Agora, para o cadastro dos novos cursos tudo promete ser ainda mais rápido e prático.
Comunicação Proext*
Para conferir o edital lançado pela Eext, clique aqui.
Leia também a matéria anterior sobre a Escola de Extensão.
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