Texto: Thaís Melo*
A 2ª edição da Escola de Verão do Instituto de Química aconteceu na última semana dos dias 10 a 14 de fevereiro. Cinco cursos foram oferecidos, sendo eles: Produção de óleos essenciais; Tratamento de efluentes industriais: conceitos, técnicas e aplicações; O maravilhoso mundo dos cosméticos: a química e a tecnologia da beleza; Produção de polímeros biodegradáveis e poliolefinas por polimerização e por coordenação; e Química forense aplicada em locais de crime: fundamentos e prática.
A abertura contou com as boas-vindas do coordenador do projeto e professor do Departamento de Bioquímica, Marco André Souza. Mesmo começando às 8 horas da manhã, durante as férias, foram cerca de 670 pessoas interessadas nos cursos, desses 135 alunos foram selecionados.
Com carga horária que varia de 20 a 30 horas os cursos aconteceram durante toda a semana e mostraram algumas áreas específicas de forma mais prática para os estudantes. O público alvo da iniciativa foram discentes de graduação de áreas relacionadas aos temas dos cursos, como Química, Engenharia Química, Biologia, Farmácia, entre outros. Cerca de 25% dos discentes que se interessaram pelos cursos eram de outras universidades como UFRJ, UERJ, UEZO, UNIRIO, etc, os demais alunos eram da UFRRJ.
Para participar os interessados tiveram que preencher um formulário e a partir dele foram selecionados os 135 alunos participantes, já que não teria como todos conseguirem uma vaga. Dentre os requisitos de seleção tinham fatores como se o período e o curso em que o aluno estava matriculado tinham relação com a atividade na qual eles se inscreveram. Alguns já haviam marcado presença na primeira edição, como foi o caso da estudante Débora Rodrigues, do quinto período de Engenharia Química da UFRRJ. “No ano passado, participei e gostei, tudo foi muito bom”, disse a aluna. Ela também contou que na edição anterior foram solicitadas sugestões de cursos que os alunos gostariam de ter, e a sua sugestão foi atendida, por isso ela voltou para ver o curso que queria, o de Química Forense.
A discente também falou sobre a importância de um projeto como esse. “Eu acho que ajuda os alunos na hora de descobrirem suas vocações. Eu, por exemplo, daqui a pouco tenho que escolher um tema para o meu TCC. Como aqui são oferecidos vários cursos, acaba dando uma oportunidade de conhecer diversas áreas da Química mais a fundo”, explicou.
O coordenador do projeto extensionista, professor Marco André Souza, também explicou o impacto positivo da Escola de Verão. “Esse projeto é importante primeiro para mostrar o que a gente tem de competência dentro do Instituto de Química, porque nós temos várias linhas de pesquisa e vários laboratórios. O projeto de extensão é uma forma da gente abrir essa interlocução com os alunos de graduação. É importante comunicar para o nosso público sobre as nossas competências, os projetos que os professores desenvolvem. E tem aqueles objetivos que se agregam como trazer conhecimento aos alunos, não aquele conhecimento formal que faz parte da grade curricular, mas um conhecimento que tem uma conexão ou converge com o assunto Química, mas não necessariamente trate apenas de Química. Geralmente é um assunto um pouco mais aplicado”, explicou.
O estudante do sexto período de Engenharia Química, Marcus Mendonça, soube da iniciativa por meio das redes sociais da universidade. “É a primeira vez que participo e eu tô achando bem interessante. Acho muito importante a universidade fomentar isso, até porque você vê que muitos jovens vieram, acordaram cedo mesmo no período de férias para vir aqui aprender algo novo”, contou.
Um dos motivos para a criação da Escola de Verão foi tornar mais eficiente a distribuição das atividades do Instituto durante o ano. “Muitas das nossas atividades ficam apertadas dentro do calendário acadêmico, e usamos muito pouco a universidade nas férias. Então, tornamos esse período um momento em que também estamos desenvolvendo atividades importantes”, comentou o professor Marcos André.
A principal mudança da primeira edição para a segunda foi a carga horária dos cursos oferecidos. No primeiro ano eles tinham entre 20 e 40 horas, o que de acordo com o coordenador ficava um pouco cansativo para os alunos. Neste ano as atividades tem de 12 a 30 horas.
Os professores que ministraram os cursos são do corpo docente do Instituto de Química ou convidados. De acordo com o coordenador, nos próximos anos eles pretendem abrir um edital para que os docentes possam inscrever seus cursos. “O meu sonho é que nós tivéssemos pelo menos uns dez cursos por verão. Mas boa parte dos professores tira férias em fevereiro, e fica pouco viável fazer isso. Mas quem sabe a gente não consegue ir ampliando gradativamente.”, explicou o coordenador do projeto.
*Comunicação Proext