Uli Campos Leal (Comunicação Proext/UFRRJ)
Durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), o Jardim Botânico (JB) organizou trilhas guiadas e sediou oficinas sobre insetos, cores da terra, utilização de plantas no cotidiano, entre outras atividades.
Estudantes do Colégio Estadual Ribeiro Avellar, de Paty do Alferes, participaram da trilha guiada evolutiva. Segundo Karoline Ibrahim, residente em Ciências Biológicas do JB, a atividade busca explicar a evolução da vida vegetal. “Falamos desde a conquista da terra firme até as condições climáticas e ambientais de hoje que possibilitam a vida na Terra”, disse a bióloga.
O estudante Jardel Pires, do segundo ano do Ensino Médio, mostrou-se surpreso sobre espécies que conheceu na trilha. “Existem coisas que eu sabia da existência, mas não tinha conhecimento da utilidade. Minha tia falava que o musgo matava a árvore. Mas é o contrário, ele faz bem a ela”, relatou o aluno, que está interessado no curso de Ciências Biológicas. Sua colega Ana Cristina Mansores gostou de fazer a trilha evolutiva, aprender sobre descarte correto do lixo e conhecer mais sobre as espécies de plantas.
A professora Deize Barreiros, do Colégio Ribeiro Avellar, é ex-aluna de Ciências Biológicas da Rural. Ela contou que, em sala de aula, sempre fala sobre sua experiência como universitária na UFRRJ. “Vejo aqui uma característica diferente das outras universidades. Você fica afastado da família, aprende a lidar com dificuldades e faz amizades para resto da sua vida”.
Programe-se – As visitas guiadas do Jardim Botânico são feitas durante todo o ano. Mais informações em http://institucional.ufrrj.br/jardimbotanico
Por João Gabriel Castro (*)
A chegada do verão indica a necessidade de redobrar os cuidados com o Aedes aegypti. Alunos do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) desenvolveram uma atividade de conscientização a respeito da dengue e demais doenças transmitidas pelo Aedes.
A oficina “Utilização da citronela no preparo de repelentes naturais” apresentou ao público o uso de substâncias orgânicas no controle da aproximação de mosquitos. Usando a citronela – planta que possui óleos essenciais em sua folha que funcionam como repelente – os oficineiros mostraram o passo a passo da fabricação de um gel repelente de origem natural e de baixo custo.
A atividade fez parte de um projeto interdisciplinar que reuniu alunos dos cursos de licenciatura em Química, Física e Biologia da UFRRJ.
Miniecossistema
A oficina “Terrário fechado e sua semelhança com o planeta Terra”, realizada por alunos do curso de Biologia, trouxe o passo a passo da antiga técnica do terrário fechado, aperfeiçoada pelo médico inglês Nathaniel Ward no final do século XIX.
O terrário é uma simulação de um ecossistema de ambientes tropicais que, além de item decorativo, foi usado didaticamente pelos oficineiros para explicar aos visitantes sobre os ciclos da água e do carbono, sobre o aquecimento global e as mudanças climáticas e, por fim, a preservação do meio ambiente.
Uma trilha ecológica
Além das oficinas, foram realizadas visitas guiadas pelo Jardim durante toda a semana. Feita em forma de trilha evolutiva, a visita é um pequeno passeio pela diversidade das espécies presentes no JB. Foram apresentados ao público as particularidades e exemplos de espécies dos quatro grandes grupos de plantas (briófitas, pteridófitas, gimnospermas e angiospermas).
Para Ivo Abraão, professor do Departamento de Botânica e diretor do JB, o Jardim representa uma ferramenta relevante nas ações universitárias de extensão. “Eu acho relevante a participação do JB dentro da SNCT porque a ideia era levar a produção do ensino e da pesquisa para além da universidade, que é o que caracteriza a extensão. E o JB tem se consolidado dentro desse papel de laboratório para essas práticas extensionistas junto à comunidade”, conta.
Por Roberto Jones (*)
Na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), o Jardim Botânico (JB/UFRRJ) foi um dos espaços mais dinâmicos. No dia 24 de outubro, foram realizadas oficinas que tiveram como público-alvo os estudantes de Ensino Médio. Uma delas abordou o tema “Insetos: a interdisciplinaridade da vida”. A atividade foi organizada por bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) de Biologia, que desenvolveram um jogo de tabuleiro em que os participantes respondiam perguntas feitas pelos oficineiros.
Outra oficina oferecida pelo Pibid foi sobre usinas hidrelétricas, realizada por alunos dos cursos de Biologia, Física e Química. Ela foi apresentada para alunos do segundo ano do Colégio Estadual Barão de Tefé (CEBT), e discutiu questões sobre energia limpa, desvio no curso natural dos peixes e impactos sociais em comunidades ribeirinhas.
Na oficina “Temperos, alimentação e saúde”, foi abordado o alto consumo de sódio, alimentação saudável e alternativas para diminuir produtos pouco nutritivos. A oficina “Cores da Terra” recebeu, além dos alunos do CEBT, uma escola de Nova Iguaçu. Os oficineiros desenvolveram tintas naturais (biotintas) feitas a partir de diversos ingredientes, como alho, feijão, pimenta e ovo; e os estudantes usaram a criatividade para experimentar as tintas naturais.
A professora Helena Regina Pinto Lima, coordenadora do Pibid – Biologia, explicou que as oficinas foram idealizadas pelo Núcleo Biologia-Física-Química, coordenado também pelos professores João José dos Santos Alvez, de Física, e Roberto Barbosa de Castilho, de Química. Ela comenta que a proposta do Núcleo abrange o desenvolvimento de metodologias e produção de materiais didáticos, tornando as aulas mais atrativas e visando à melhoria da qualidade de ensino nessas três áreas.
(*) Bolsista da Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/UFRRJ)