Pela primeira vez, a Reunião Ordinária do Conselho Empresarial da Firjan Nova Iguaçu e Região foi realizada no câmpus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), em Seropédica.
No dia 16 de outubro, representantes da Federação de Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) realizaram a 9ª Reunião Ordinária do Conselho Empresarial da Firjan Nova Iguaçu e Região na Sala da Secretaria de Órgãos Colegiados da UFRRJ. O assunto da pauta: “O Parque Tecnológico da UFRRJ: Uma Nova Fronteira para a Inovação Industrial na Região Metropolitana”.
Um dos primeiros do gênero no Estado voltado ao desenvolvimento sustentável e tecnológico da Baixada Fluminense, o projeto do Parque Ecotecnológico da UFRRJ representa um passo estratégico na integração entre universidade, setor produtivo e poder público, reunindo ensino, pesquisa e inovação em um mesmo ecossistema.
O Parque EcoTecnológico prevê a adoção de modelos de concessão e parcerias para o uso de áreas no câmpus Seropédica e será estruturado em quatro eixos de atuação:
1. Agroinovação e Bioprodutos, voltado ao desenvolvimento de bioinsumos, fitofármacos e aproveitamento de resíduos agroindustriais;
2. Bioeconomia e Meio Ambiente, com foco na economia circular e em novas cadeias produtivas sustentáveis;
3. Tecnologias para Saúde, inspirado no conceito de Saúde Única (One Health), abrangendo biossensores e bioengenharia tecidual;
4. Tecnologias Digitais e Industriais, com soluções em Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial e otimização de processos logísticos
De acordo com a apresentação institucional, a escolha da Baixada Fluminense tem caráter estratégico. O parque busca reduzir assimetrias regionais e interiorizar a inovação, levando tecnologia e conhecimento para fora dos grandes centros urbanos.
“O parque tem um papel fundamental para a transformação da Baixada Fluminense. Ele cria um ambiente de inovação capaz de atrair empresas âncoras, gerar empregos e promover um desenvolvimento regional sustentável”, destacou o vice-reitor da UFRRJ, professor César Augusto Da Ros.
Em área contígua ao parque, está prevista a implantação de uma fazenda fotovoltaica de 48 hectares, dentro dos mais de 4 mil hectares do câmpus de Seropédica. Também está prevista a possibilidade da instalação de uma estação de tratamento de esgoto, em parceria com a concessionária Rio Mais Saneamento.
A previsão é que o Parque EcoTecnológico gere 15 mil empregos em seu ciclo completo de implantação. Além disso, outros impactos positivos incluem a aceleração da capacidade de inovação e a atração de empresas âncoras, que podem transformar o parque em um berçário para a criação de novos negócios, empresas, produtos e patentes.
“A avaliação é que mais um passo importante foi dado. Há bastante tempo a Firjan tem apontado que a Baixada Fluminense é a nova fronteira da industrialização do estado do Rio de Janeiro e se tornou um espaço atrativo para potenciais investimentos logístico-produtivos. Neste sentido, foi possível apresentar o Parque Tecnológico, realizar contatos para ações futuras que envolvam pesquisas, estágios e investimentos e reforçar que a UFRRJ deve ser identificada como protagonista no desenvolvimento de Seropédica e de toda a Baixada Fluminense”, afirmou o pró-reitor adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação, Leandro Dias.
Estiveram presentes na reunião de conselheiros o vice-reitor da UFRRJ, professor César Da Ros; o pró-reitor adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Leandro Dias; o pró-reitor adjunto de Planejamento, professor Marlucio Barbosa; a diretora da Agência de Inovação da UFRRJ, professora Patrícia Golo, o vice-diretor da Agência de Inovação, professor Luís Américo Calçada e pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor José Luis Luque.
Texto e fotos: José Davi Silva, estagiário de Jornalismo da CCS/UFRRJ