Do dia 2 a 6 de maio a UFRRJ sediou sua XXIX Semana do Médico Veterinário (Semev). O evento contou com palestras, minicursos, ciclos teóricos e apresentações de pesquisas científicas. Segundo a organização, cerca de 600 alunos se inscreveram para participar deste momento que suscita o aprimoramento do profissional que está em formação.
As últimas edições foram realizadas no Instituto de Veterinária (IV), porém, o espaço não suportava mais capacidade para a dimensão que o evento estava alcançando. Aumentar a estrutura era preciso. Por isso, a comissão organizadora – composta por 100 alunos que se dividiram em áreas específicas – decidiu mudar o local para o prédio principal da Universidade (P1), que apresenta maior espaço físico, mais infraestrutura e possui maior visibilidade para comunidade acadêmica.
Um dos destaques da semana acadêmica foi o Prêmio Tokarnia, em homenagem ao antigo pesquisador e professor da Universidade Rural, Carlos Tokarnia. Os estudantes interessados em concorrer ao título mandaram seus temas de pesquisa e resumos expandidos para uma comissão que os avaliou e fez uma pré-seleção. Os 120 escolhidos apresentaram seus resumos e banners à comunidade acadêmica nos corredores do P1, na segunda–feira, sendo supervisionados por professores que analisaram seus desempenhos.
– É uma troca de experiências muito bacana. São muito legais as descobertas. O avaliador não está aqui só para ver como o outro se saiu. Ele está porque a gente acumula muito conhecimento fazendo esse tipo de avaliação. É claro que, em alguns casos, não dominamos completamente o assunto, então é muito importante que o aluno conheça verdadeiramente o tema, porque aí você acaba aprendendo muito mais do que ele – explica Márcia Ramos, doutoranda e ex-professora substituta da UFRRJ, que também apresentou sua pesquisa de tema “teste de exercício em equino” e, posteriormente, avaliou alguns trabalhos.
A aluna Agatha Oliveira, do 8º período de Medicina Veterinária, desenvolveu o projeto de pesquisa cujo tema é “Influência do tempo e da temperatura sobre a estabilidade da ureia, creatinina, creatina quinase, glicose e lactato de equinos da raça Quarto de Milha”, orientado pela professora Cristiane Baldani. Em sua primeira vez apresentando trabalhos no evento, a estudante diz ter sido uma experiência bastante válida.
– Meu projeto de pesquisa é sobre alguns parâmetros bioquímicos que constam no sangue do cavalo. Utilizamos algumas amostras para analisar a estabilidade desses compostos durante algum tempo e a temperatura ao qual eles foram condicionados. É minha primeira experiência aqui e acho que é muito válido porque insere o aluno nessa área de pesquisa, já que nós não temos tanta vivência nessa parte – comenta a discente.
Já Daniele Aguiar, também do 8º período de Medicina Veterinária, apresentou o “Estudo descritivo de casos de Leishmanioses no estado do Rio de Janeiro, Brasil”, em que procurou avaliar os casos da doença em função do sexo, idade e raça.
– Esse trabalho teve o objetivo de avaliar os casos de Leishmanioses americana e visceral em humanos, no período de 2007 a 2013. Nós avaliamos, em diferentes municípios do Rio de Janeiro, algumas variantes como sexo, faixa etária e evolução da doença. É minha primeira vez apresentando uma pesquisa no evento, já gaguejei algumas vezes (risos), mas acredito que seja um crescimento como profissional. É uma sensação única e que pretendo continuar – relata a estudante.
Os avaliadores selecionaram 15 alunos, 5 de cada categoria – graduação, pós-graduação e relato de caso – para as apresentações orais, que aconteceram dia 5 de maio, no Salão Azul. Os melhores trabalhos, dentre estes, foram premiados durante a Cerimônia de Encerramento, no auditório Gustavo Dutra.
Superando as expectativas e mesmo com alguns contrapontos, a comissão organizadora diz que o evento foi um sucesso.
Os certificados dos participantes que obtiveram 75% de presença durante as atividades da XXIX Semev serão disponibilizados por e-mail.
Por Bruna Somma/CCS.
Fotos: Larissa Bozi/CCS.