A Pró-Reitoria de Assuntos Administrativos (Proad) organizou, no dia 30 de outubro, no Auditório Gustavo Dutra, cerimônia emblemática de comemoração do Dia do Servidor. A data, celebrada todos os anos pela Universidade, desta vez ganhou tom de resistência e conclamação à reação após o resultado do segundo turno das eleições, realizado no dia anterior.
Numa fala contundente na cerimônia de abertura, o reitor Ricardo Berbara destacou o papel da Universidade contra as grandes ondas que movimentam as massas numa direção e alertou sobre a perspectiva de que, nos próximos anos, a universidade pública seja confrontada em vários níveis, seja no campo sindical, no direito à greve, por exemplo; seja no plano estritamente institucional, relacionado à autonomia universitária; além de questionamentos quanto à qualidade e diversidade do alunado. Berbara também ressaltou que a questão da privatização da universidade pública foi colocada explicitamente pelo programa do governo do presidente eleito, constituindo, junto com outras variáveis, um arcabouço que nos coloca em sinal de alerta.
“A universidade é o grande centro que vai balizar os debates nacionais nos próximos anos. Portanto, isso nos reveste de uma importância estratégica que ultrapassa em muito as fronteiras de nossos muros. Não dialogamos apenas com os servidores e alunos que frequentam os câmpus universitários. Nós, mais do que nunca, temos que dialogar e sinalizar para as forças de resistência democráticas caminhos alternativos às políticas que hoje hegemonicamente estão postas diante de nós. Confrontar o senso comum, o efeito manada, as grandes verdades estabelecidas… essa sempre foi a tarefa histórica da universidade e hoje, mais do que nunca, uma obrigação política, porque a sociedade brasileira irá nos observar, ver nosso exemplo, a qualidade dos debates que travaremos aqui, as alternativas de política de Estado que proporemos, nossas ações no campo social, ambiental. Portanto, somos hoje, talvez, o único baluarte de sinalização do campo democrático”, advertiu o reitor.
Também na mesa de abertura estavam a pró-reitora de Assuntos Administrativos, Amparo Villa Cupolillo; o pró-reitor Adjunto, Marcelo Cunha Sales; a coordenadora da Codep, Elines Petine; a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rural (Sintur), Ivanilda Oliveira Silva Reis, e a segunda secretária da Associação dos Docentes da UFRRJ (Adur), Célia Regina Otranto.
‘Precisamos resistir’
Ivanilda Reis, como representante dos técnicos-administrativos. também foi firme em relação à necessidade de unidade na atual conjuntura. “Nós agora temos o desafio de manter a luta para continuarmos sendo servidores públicos, para continuarmos exercendo nossas funções dentro da universidade pública, gratuita e de qualidade. Sabemos que precisamos resistir. Vamos à luta com muita unidade para enfrentarmos o grande desafio deste momento”. Assista abaixo o discurso de Ivanilda, na íntegra:
Célia Otranto, por sua vez, lembrou os últimos episódios de ações de tribunais regionais eleitorais em câmpus universitários por todo o Brasil: “A Adur repudia as ações conduzidas por tribunais regionais eleitorais em instituições de ensino superior, nas últimas semanas, com registro de intimidações, censuras e tentativas de impedir a livre expressão de ideias, o debate e as manifestações contra o fascismo e a favor da defesa da democracia. Tribunais de primeira instância afrontaram a autonomia universitária e a liberdade sindical entrando nos câmpus para suspender aulas, debates e outras atividades acadêmicas em diversas partes do país. Agentes do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro ingressaram nos câmpus portando armas, como no caso da UFRRJ, onde ameaçaram a Adur com multas e intimidaram estudantes e professores. A Adur reforça seu posicionamento antifascista, democrático e refuta qualquer projeto que rompa com a construção de uma sociedade igualitária”.
Otranto também conclamou a resistência em defesa das universidades públicas e da democracia.”O que está exposto, para professores e professoras, e para toda a sociedade brasileira é a continuação do enfrentamento que sempre fizemos, não é novidade para nós. Se ferirem nossa existência, não tenham dúvidas, seremos resistência. Resistência em defesa das universidades públicas em defesa da liberdade democrática. Nenhum direito a menos. Não vamos admitir nenhum direito a menos. Contra a criminalização do ativismo, porque lutar não é crime. Esse é o momento da reação, esse não é o momento de abaixar a cabeça. É o momento da luta conjunta, precisamos estar juntos mais do que nunca. Nossa luta é a mesma, uma só. Conclamamos a todos a começar, neste momento, a reação”. Assista, na íntegra, o discurso de Otranto em https://youtu.be/sybxkVqLvGM
A cerimônia de abertura também trouxe a apresentação de teclado e violino de Renata Seabra e Vinicius Perrut, que prestaram homenagem aos servidores da UFRRJ já falecidos. Bernardo Suprani, docente do curso de Psicologia da UFRRJ, proferiu palestra sobre Psicologia e Trabalho – o significado do trabalho na realização humana.
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