A tão sonhada vaga em uma universidade pública é uma das realizações mais comuns entre os jovens do Brasil. A última sexta-feira, 09 de junho, foi o primeiro dia de matrículas na UFRRJ e contou com diversas histórias e muita empolgação por parte dos estudantes em finalmente estar nesse espaço. Para alguns, é o começo de uma nova vida, para outros, significa resistência.

Letícia Labre após realizar sua matrícula

Letícia Labre tem 18 anos e se matriculou em Zootecnia. A jovem, que a princípio queria estudar Medicina Veterinária, escolheu dar uma chance ao curso e busca experienciar muitas coisas com essa nova oportunidade.

 “Parece ser um curso interessante, eu estou bem empolgada e com muitas expectativas”, diz ela.

Matheus Brandão tem 19 anos e ingressou em Engenharia Química. Após ter precisado interromper o ingresso na Universidade no início do ano, por conta de problemas pessoais, o jovem resolveu tentar novamente o SiSU e garantir sua vaga no curso que sempre sonhou.

“Para mim é uma renovação de gás, para nesse período eu conseguir fazer tudo certinho”, diz ele.

Amigos, Gabriel Costa (esq.) e Matheus Brandão realizaram a matrícula juntos

Acompanhado de seu amigo, Gabriel Costa, que ingressou em Engenharia de Alimentos, Matheus fala também sobre a questão do amadurecimento que vem com as novas responsabilidades e o que espera adquirir nesse espaço.

 “Então é isso, ganhar experiência. É uma coisa nova, a gente nunca passou por isso, então vamos aprender, conhecer muita gente, novas mentalidades. Vai ter muita coisa para adquirir aqui dentro, então é isso que eu, pelo menos, estou esperando daqui”, afirma Matheus.

A resistência dentro do ambiente universitário já começa a partir do momento da matrícula. Muitos jovens vêm de diferentes realidades e locais do Brasil, como é o caso de João Augusto. O rapaz de 18 anos veio de uma cidade pequena da Bahia, acompanhado de sua tia, Arioneide Dourado, para realizar a matrícula em Agronomia. Mesmo com a dificuldade financeira e a incerteza de estadia, ele não consegue pôr em palavras a alegria que sentiu no momento.

João Augusto e sua tia se demonstram muito realizados com a aprovação do jovem

“Até agora também eu não caí na real de que eu passei. Fiquei paralisado, não sabia nem o que pensar mais, foi um choque. Me sinto realizado”, diz João.

O estudante acabou de chegar, mas suas expectativas a respeito da Universidade e do curso são as melhores. De onde ele vem, o agronegócio é predominante em sua cidade, então sempre teve vontade de poder estudar sobre o assunto. João é motivo de orgulho de sua tia, que sempre acreditou nele e no potencial do jovem em conquistar sua vaga em uma universidade federal. Ele diz que espera ter muitas realizações e que possa dar orgulho para a família.

“Dar o melhor de mim, ser o melhor de mim, porque minha família sempre investiu na minha educação e agora eu tenho que devolver tudo que eles fizeram”, afirma o rapaz.

Fotos: Allan Rabelo – Assessoria de Comunicação da Prograd

Por Allan Rabelo – Assessoria de Comunicação da Prograd